Guilherme Santos (LA Alumínios/Vila Galé/Matos Cheirinhos) e Guilherme Ribeiro (Paredes/Fortunna) foram os protagonistas do Prémio de Ciclismo Freguesia de Golães / Troféu José Martins, prova que se realizou na tarde deste sábado e levou a Golães cerca de uma centena de atletas de sub-17 em representação de 19 equipas.
Organizado pela Associação de Ciclismo do Minho e pela Federação Portuguesa de Ciclismo com o patrocínio da Câmara Municipal de Fafe, o Prémio Freguesia de Golães / Troféu José Martins teve como handicap ser a terceira e penúltima prova da Taça de Portugal de cadetes (sub-17), o que elevou a fasquia e a luta pelos primeiros lugares.
Numa prova muito atacada pelas equipas com atletas na frente do ranking, Guilherme Santos foi quem fez a festa no final da corrida. O ciclista da LA Alumínios/Vila Galé/Matos Cheirinhos impôs-se na subida final para a meta, batendo ao sprint os principais candidatos à conquista da Taça de Portugal.
Guilherme Ribeiro (Paredes/Fortunna) foi segundo classificado e assumiu a liderança isolada do ranking da Taça de Portugal, somando 175 pontos.
Dimas Mota (Landeiro/KTM/Matias & Araújo), que chegou a Golães com a camisola de líder da prova, foi terceiro e ocupa agora o segundo lugar na Geral da Taça de Portugal, mas mantém-se na luta, pois está a apenas cinco pontos da liderança.
No Top5 da prova de Golães ficaram Francisco Cardoso (CC Barcelos/AFF/Flynx/H.M. Motor/Segmento D´Época) e Simão Pedrosa (Tensai/Sambiental/Santa Marta).
Por equipas, o Alenquer-G.D.M.-Anipura garantiu a subida ao primeiro lugar do pódio, a Academia Efapel de Ciclismo foi segunda e a L A Aluminios/Vila Galé/Matos Cheirinhos terceiro.
Guilherme Santos (L A Aluminios/Vila Galé/Matos Cheirinhos)
Guilherme Santos (L A Aluminios/Vila Galé/Matos Cheirinhos), era, no final da prova, um atleta “muito feliz”, numa prova, que, garante, “foi, até ao momento, a mais dura da Taça de Portugal”.
Sobre a corrida referiu que “fiz uma prova sempre bastante tranquila, sem responder a ataques, sem atacar muito. Também surgiu uma fuga, mas tinha lá um colega de equipa e, portanto, nunca me preocupei muito. De resto, duas ou três equipas é que tinham de trabalhar e no final fiz o que tinha a fazer e consegui aqui a vitória”.
Qual foi o sentimento ao cortar a meta em primeiro lugar? “Foi muita emoção. É a minha primeira vitória numa prova de estrada e foi logo numa Taça de Portugal, é incrível”.
Na hora de festejar, Guilherme Santos fez questão de “agradecer à minha equipa, pelo trabalho incrível que têm feito, ao meu treinador e à minha família, que sem eles não conseguia nada disto”.
José Martins (ex-ciclista)
José Martins, ciclista natural de Golães, premiado com uma carreira internacional assinalável, voltou a dar o nome ao Troféu do Prémio de Ciclismo Freguesia de Golães, e, tal como é habitual, acompanhou a prova de perto.
No final considerou que “foi uma prova que correu muito bem. Foi bastante rápida. Na primeira hora os atletas rolaram a 40km/h e estamos a falar de cadetes. A prova andou sempre muito bem, com ataques e fugas. Foi uma boa prova”.
Do que viu hoje, podemos dizer que o ciclismo tem o futuro assegurado? “Não tenho dúvidas que daqui vão sair alguns bons ciclistas”, disse José Martins, que alertou: “agora é preciso que quem está à frente, os treinadores e os clubes, saibam dar oportunidades a estes atletas. Nem todos os miúdos conseguem mostrar todo o seu potencial nos primeiros meses ou até nos primeiros anos. É preciso dar-lhes tempo, nem todos podem ganhar e nem todos obtêm grandes resultados nos primeiros tempos. Se não lhes derem atenção e motivação os miúdos acabam por abandonar o ciclismo, o que é mau”.
Albino Costa (Câmara Municipal de Fafe)
Albino Costa, Secretário de Apoio à Vereação da Câmara Municipal de Fafe, salientou que “é sempre muito importante ter provas de ciclismo em Fafe e, felizmente, nós temos ao nível da formação e sob a organização da Associação de Ciclismo do Minho” até porque “Fafe tem muitos aficionados do ciclismo e uma história riquíssima. Aliás este troféu é exatamente isso, o reconhecimento da história de um praticante da terra que dá o nome à prova”.
Afirmando que “o ciclismo é muito importante para nós”, Albino Costa lamentou “não termos equipas de formação em Fafe, isso não depende de nós, mas estamos e estaremos sempre disponíveis para receber prova de ciclismo em Fafe”.