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18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves
3# Prova da Taça de Portugal de Juniores / Campeonato do Minho de Ciclismo de Estrada - Arrecadações da Quintã

Victor Paula (Seissa/KTM-Bikeseven/Matias&Araújo/Frulact) venceu ao sprint o 18.º Circuito de Palmeira/Troféu Peixoto Alves, segunda prova do Campeonato do Minho - Arrecadações da Quintã e penúltima da Taça de Portugal de Juniores. Patrocinada pela Junta de Freguesia de Palmeira (Braga), a prova homenageou Peixoto Alves, velha glória do ciclismo português e vencedor da Volta a Portugal de 1965, natural de Palmeira.
Promovida com todas as condições de segurança e no cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde e das normas concertadas entre aquela entidade e a Federação Portuguesa de Ciclismo.
Num dia bastante quente, o Circuito de Palmeira, que sofreu alterações ao seu habitual percurso devido às restrições com a pandemia, foi bastante discutido pelos cerca de 120 ciclistas que marcaram presença. Os ataques fizeram-se sentir durante, praticamente, os 92,6 quilómetros percurso, mas a resposta do pelotão evitou que alguma fuga singrasse.

A diferença foi sendo feita nas passagens pela meta volante, instalada na Rua de Miracávado. Tiago Nunes (Silva & Silva/ADRAP/Sentir Penafiel) foi o mais feliz e venceu três das sete metas volantes, conquistando assim o troféu final. Diogo Sousinha (AJA), Gabriel Ferreira (Efapel), João Leite (Bairrada) e Gonçalo Tavares (Bairrada) foram os outros vencedores das metas intermédias.
À entrada para a última volta do Circuito de Palmeira, era alargado o número de ciclistas que podia atacar na chegada em plano ao Kartódromo Internacional de Braga. Victor Paula (Seissa/KTM-Bikeseven/Matias&Araújo/Frulact), que começou mal a corrida devido a dores no estômago e a uma pequena avaria na bicicleta, fez uma corrida de constante recuperação. O atleta barcelense, de nacionalidade brasileira, chegou aos últimos quilómetros lado a lado com António Morgado (Bairrada), João Martins (Academia Ciclismo Paredes), Sérgio Saleiro (CC Barcelos) e Daniel Lima (CC Loulé).
No sprint final, Victor Paula, que se define como um trepador, foi mais forte e cortou a meta na primeira posição conquistando assim a vitória no tradicional Circuito de Palmeira / Troféu Peixoto Alves.
António Morgado (Bairrada) cortou a meta na segunda posição e reforçou a liderança na Taça de Portugal de Juniores, enquanto João Martins (Academia Ciclismo de Paredes) completou o pódio.
Por equipas, venceu o Centro Ciclista de Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor. A equipa orientada por Alberto Costa colocou quatro ciclistas no Top20 e deixou nos lugares imediatos da classificação coletiva a Seissa /KTM-Bikeseven/Matias&Araújo/Frulact e o Bairrada.

 

César Gomes: “Foi uma corrida que correu muito bem”
César Gomes (presidente da Junta de Freguesia de Palmeira) fez um balanço muito positivo do 18.º Circuito de Palmeira/Troféu Peixoto Alves. “Foi uma corrida que correu muito bem, muito disputada e com uma chegada ao sprint, como tinha previsto. Em termos organizativos esteve tudo excecional, não houve falhas, as autoridades colaboraram bastante e as pessoas da freguesia também cumpriram com aquilo que lhes foi pedido. Agora esperamos que para o ano possamos organizar uma prova dentro dos pergaminhos habituais, que é uma prova de elevado nível, com mais quilómetros e mais dura”, afirmou o autarca.
César Gomes considera que “valeu a pena todo o esforço” e lembrou que “para um atleta é complicado treinar e não ter depois provas para competir. Por isso, fizemos todos um esforço, juntamente com a Associação de Ciclismo do Minho e a Federação Portuguesa de Ciclismo, para que a prova fosse para a estrada. O caso de Palmeira será provavelmente um caso atípico porque nós estamos sempre disponíveis para realizar a prova, sejam quais forem as dificuldades. Os atletas merecem-no, nós estamos cá, a população de Palmeira pergunta pela prova e então fomos em frente”.

 

Joaquim Mendes: “apraz-nos registar a forma como Palmeira se adaptou”
Joaquim Mendes (Vice-presidente da ACM) também destacou a capacidade da freguesia de Palmeira em se adaptar à nova realidade
“Apraz-nos registar a forma como a freguesia de Palmeira se adaptou à nova realidade e às exigências da DGS. Palmeira adaptou-se e em vez de ter uma chegada em topo, que seria ideal para trepadores, a discussão da vitória foi para roladores e assistiu-se a uma grande prova”.
Joaquim Mendes fez “um balanço muito positivo de mais uma edição do Circuito de Palmeira”, realçando a convicção de que a ACM continua a ter na Junta de Freguesia de Palmeira um parceiro que dá garantias para se manter a tradição por muitos e bons anos”.

 

Victor Paula (Seissa): “No final consegui dar o meu melhor”
“O início da prova não foi muito fácil para mim. Estava com dores do estômago, mas aos poucos fui melhorando. Depois tive uma pequena avaria, mas isso não interferiu em nada com os meus objetivos. A meio da prova o ritmo estava muito forte, mas tenho uma boa equipa e conseguiu-me colocar bem e, no final, no sprint, consegui dar o meu melhor”, disse o ciclista da Seissa. 
O facto da prova terminar em sprint foi favorável para ti? “Eu prefiro terminar subindo, mas é preciso estar preparado para todas as hipóteses, treinar para vários terrenos e para as várias chegadas. Eu treino muito os sprints e acabei por me sair bem”.
Victor Paula trabalhou muito e confessa que “senti que podia chegar à vitória nos últimos dois quilómetros, quando começaram a surgir muitos ataques e eu percebi que estava em condições para tentar a vitória”.

 

Alberto Costa (CC Barcelos): “É sinal de muito trabalho”

O Centro Ciclista de Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor saiu de Palmeira com a vitória na classificação colectiva, repetindo assim o triunfo alcançado pela equipa de cadetes em Golães, na semana passada. Alberto Costa, diretor desportivo do conjunto barcelense, salientou que “isto é sinal de muito trabalho” e garantiu que “os miúdos têm estado muito motivados. Temos feito um grande trabalho com as duas equipas, treinamos juntos várias vezes para ajudar uns e outros”.
“Felizmente as coisas estão a correr bem e temos conseguido vencer as provas coletivamente. Temos uma equipa muito unida, empenhada e trabalhadora e vamos tentar sempre fazer o nosso melhor”,
Afirmando que “os miúdos gostam de ganhar”, Alberto Costa salientou que “temos ciclistas de grande valor e que estão sempre na discussão das corridas. Ainda não conseguimos ganhar individualmente, mas temos que dar o valor aos adversários e há, efetivamente, muito bons atletas no escalão Júnior. Temos que dar o mérito a quem o tem e temos que trabalhar cada vez mais para conseguir chegar lá”.

O 18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves contou com o patrocínio da Junta de Freguesia de Palmeira e o apoio das seguintes entidades: Federação Portuguesa de CiclismoArrecadações da QuintãCisionRaiz Carisma - Soluções de PublicidadePOPP Design, Cuidar Mais - Clínica Médica e Fisioterapia, Guimarpeixe, Jopedois e Auto Terror.

João Peixoto Alves - Vencedor da Volta a Portugal de 1965
João Peixoto Alves, natural de Palmeira (Braga), nasceu a 23 de Maio de 1941 e iniciou a sua atividade no ciclismo, como popular, no Futebol Clube do Porto.
Posteriormente representou o C. C. Aldoar e o Benfica, onde se tornou conhecido como um dos melhores ciclistas portugueses. A sua carreira como profissional iniciou-se em 1960 e terminou em 1966, quando se retirou, com 25 anos, deixando um lugar difícil de preencher no ciclismo e no Benfica.
Ao longo da carreira desportiva disputou 171 provas, tendo ganho 22. Conquistou os títulos de Campeão Nacional e Regional de Rampa, no último caso por quatro vezes.
Vencedor da Volta a Portugal de 1965, alcançou ainda dois segundos e um terceiro lugares na importante competição. Na prova “rainha” do ciclismo português ganhou ainda 9 etapas, foi portador da camisola amarela em 23 e ganhou o Prémio da Montanha e a Classificação por Pontos no ano de 1963.
Participou na Volta a França do Futuro em 1963 (7º na geral e 2º na Montanha) e em 1964, tendo ainda participado na Volta à Espanha (1962, 1963 e 1965), na Volta a S. Paulo (1962 e 1966), na Volta à Catalunha (1965) e no Campeonato do Mundo (1965 e 1966).
 

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Disputa-se no dia 5 de junho o 18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves, prova para a categoria de juniores, pontuável para a Taça de Portugal e para o Campeonato do Minho - Arrecadações da Quintã, que homenageará a velha glória do ciclismo português e vencedor da Volta a Portugal de 1965. A competição, patrocinada pela Junta de Freguesia de Palmeira (Braga), tem início marcado para as 15h00 e final previsto para as 17h26 no Kartódromo Internacional de Braga.
Para a prova bracarense - competição que já foi ganha, entre outros, pelo Campeão do Mundo Rui Costa - está em perspetiva um excelente espetáculo desportivo, com momentos de grande competitividade aos quais não serão certamente alheias as diversas e habituais metas volantes ao longo do percurso.
Organizada pela Associação de Ciclismo do Minho, a prova será promovida em condições de segurança e no cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde e das normas concertadas entre aquela entidade e a Federação Portuguesa de Ciclismo. Nesse sentido e contrariamente ao habitual, o 18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves não começará na Rua de Miracávado nem terminará junto à Igreja de Palmeira. Desta vez e atendendo aos condicionalismos, a prova começará e terminará no Kartódromo Internacional de Braga.
A prova será disputada ao longo de 92,6 quilómetros, estando previstas sete metas volantes.
O 18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves tem o patrocínio da Junta de Freguesia de Palmeira e o apoio das seguintes entidades: Federação Portuguesa de CiclismoArrecadações da QuintãCisionRaiz Carisma - Soluções de PublicidadePOPP Design, Cuidar Mais - Clínica Médica e Fisioterapia, Guimarpeixe, Jopedois e Auto Terror.
Em 2019, Diogo Narciso (Bairrada) foi o vencedor do 17º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves. O corredor da equipa bairradina integrou uma fuga de cinco elementos, iniciada ainda antes do décimo quilómetro de prova, mantendo-se em cabeça de corrida até cortar a meta em solitário. Na fase inicial da corrida, Diogo Narciso dividiu as primeiras três Metas Volantes com César Costa (Vito/Feirense/PNB) e Gonçalo Martins (EFAPEL – Escola Ovar), tendo ganho as duas últimas e os dois Prémios da Montanha.


João Peixoto Alves - Vencedor da Volta a Portugal de 1965

 

João Peixoto Alves, natural de Palmeira (Braga), nasceu a 23 de Maio de 1941 e iniciou a sua atividade no ciclismo, como popular, no Futebol Clube do Porto.
Posteriormente representou o C. C. Aldoar e o Benfica, onde se tornou conhecido como um dos melhores ciclistas portugueses. A sua carreira como profissional iniciou-se em 1960 e terminou em 1966, quando se retirou, com 25 anos, deixando um lugar difícil de preencher no ciclismo e no Benfica.
Ao longo da carreira desportiva disputou 171 provas, tendo ganho 22. Conquistou os títulos de Campeão Nacional e Regional de Rampa, no último caso por quatro vezes.
Vencedor da Volta a Portugal de 1965, alcançou ainda dois segundos e um terceiro lugares na importante competição. Na prova “rainha” do ciclismo português ganhou ainda 9 etapas, foi portador da camisola amarela em 23 e ganhou o Prémio da Montanha e a Classificação por Pontos no ano de 1963.
Participou na Volta a França do Futuro em 1963 (7º na geral e 2º na Montanha) e em 1964, tendo ainda participado na Volta à Espanha (1962, 1963 e 1965), na Volta a S. Paulo (1962 e 1966), na Volta à Catalunha (1965) e no Campeonato do Mundo (1965 e 1966).
 

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“Este ano e pela primeira vez na história do Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves a chegada é propícia para sprinters. Uma novidade que vai animar, com certeza, os ciclistas que vão participar nesta tradicional corrida”, foi assim que César Gomes, presidente da Junta de Freguesia de Palmeira, abordou a prova que está marcada para o dia 5 de junho.

O 18º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves, prova para a categoria de juniores, pontuável para a Taça de Portugal e para o Campeonato do Minho - Arrecadações da Quintã, que homenageará a velha glória do ciclismo português e vencedor da Volta a Portugal de 1965. A competição, organizada conjuntamente pela Associação de Ciclismo do Minho e Junta de Freguesia de Palmeira (Braga), tem início marcado para as 15h00 e final previsto para as 17h26 no Kartódromo Internacional de Braga.
 
César Gomes explica que “devido às restrições e limitações impostas devido à pandemia tivemos de fazer algumas alterações ao percurso. Perdemos o Prémio de Montanha, este ano não vamos ao Bom Jesus, mas pela primeira vez na história deste circuito podemos ter uma chegada ao sprint, porque a chegada é em plano. Promete outras lutas interessantes”.
“Havia uma enorme expetativa quanto a esta prova. A equipa de trabalho estava ansiosa e todos ficaram contentes quando os convoquei para a reunião”, disse César Gomes, que salientou que “em termos organizativos já temos tudo automatizado, já são muitos anos. Claro que este ano e devido à pandemia o Circuito de Palmeira vai ser diferente, é mais pequeno, não tem prémio de Montanha, já não vamos ao Bom Jesus, mas estamos a organizar um circuito dentro daquilo que eram as possibilidades”.
 
César Gomes salienta que “organizar uma prova neste período dá muito mais trabalho, desde logo tivemos de arranjar um local para fazer a concentração dentro de uma bolha, com a partida e chegada ao Kartódromo Internacional de Braga. Tivemos de refazer toda a questão da segurança e assegurar mais meios, tanto humanos como materiais, para levar a efeito a corrida”, ao mesmo tempo que “tivemos que abdicar de acordos que tínhamos com as freguesias para a instalação das metas volantes. Este ano está concentrada apenas numa freguesia”.
Afirmando que “infelizmente a pandemia ainda não nos deixa fazer um circuito como era habitual”, César Gomes, que salientou: “o importante é que conseguimos por a corrida na estrada e homenagear o Peixoto Alves, único ciclista de Palmeira a ganhar a Volta a Portugal em bicicleta”.
 
Para César Gomes era ainda importante “dar o contributo da freguesia para uma modalidade que vê o seu futuro cada vez mais difícil. O ciclismo não é uma modalidade fácil, é para verdadeiros guerreiros e com as dificuldades que a pandemia trouxe tornou-se ainda mais complicado de cativar atletas e organizar as provas. Os custos aumentaram bastante, os sacrifícios também, mas todos temos de remar para o mesmo”.  “Temos de ajudar a Associação de Ciclismo do Minho e a Federação Portuguesa de Ciclismo a cumprir o calendário. Temos a noção que é bastante difícil ter atletas a treinar e não haver provas”, acrescentou.
 
Apelo para o cumprimento das normas sanitárias: distanciamento e máscara
 
O Ciclismo é o desporto do povo e essa é uma questão que preocupa as entidades. César Gomes apela para que “não se concentrem nos locais. O percurso é longo e as pessoas podem assistir à passagem dos ciclistas, aplaudir sem estarem juntas e usando sempre máscara. Este é o apelo que deixo para todos os amantes do ciclismo. Para o ano, se tudo correr bem, já poderemos, todos juntos, fazer uma festa diferente”.